9 de jan. de 2007

Em Amor Tornada


Replicante Raquel

Corri tanto atrás do amor
Que assustei o amor
Ah que cansei o amor

O amor viu que eu tinha armas
Pensou que eu fosse da polícia
Esperto o amor se disfarçou

Viu o amor que eu tinha capa
Achou que era o homem do saco
Menino o amor, ai, se trancou.
Viu aberta o amor a boca de gula
Tudo ele calmo brotava ao seu tempo
Acuado o amor se recusou.
Fechou-se em copas, fechou-me a cara
E ao passar por mim na rua
pro outro lado o amor olhou.

Sem seus olhos prá olhar, sem amor, de fome,
pus-me a odiar tão tenazmente o amor!
Mas quando minguei e morri foi só o amor
Só o amor me socorreu.
Vidente viu que eu era tola
Bondoso se compadeceu
Lavou meus ossos e em fogo brando
Em seu coração de amor intenso
O mago amor por amor me desmanchou

Mas não é só minha estratégia
Não é só compreensão.
Mortalha do amor, virei seu berço
Sem braços pra agarrar o amor tomou-me o amor
.
imagem: Kuntuzangpo. Katsel Dharma Center: http://www.electrichalo.org/prayerofkuntuzangpo.html

Um comentário:

Anônimo disse...

Lembra uma canção medieval portuguesa que nunca lera.