Ro Druhens
Primeiro foram os olhos que negros eram como negras foram todas as noites em que vagou ao encontro deles e negros também o eram os cabelos novelos de quimeras prontos pra tecer todos os delírios e grego era o nariz como grega seria a história que a boca rasgada como se fora a navalha deixava escorrer em disfarçados sorrisos.
E os ombros eram sólidos e os braços eram longos e as mãos eram despóticas e o tronco era carvalho e as pernas raízes e os pés não eram foram pés de ir embora.
Com o vidro do porta-retrato tatuou no pulso o nome dele. Com o aço da moldura perfurou o coração. Com os dentes rasgou a foto e engoliu.
A Vida a engoliu, finalmente liberta.
E os ombros eram sólidos e os braços eram longos e as mãos eram despóticas e o tronco era carvalho e as pernas raízes e os pés não eram foram pés de ir embora.
Com o vidro do porta-retrato tatuou no pulso o nome dele. Com o aço da moldura perfurou o coração. Com os dentes rasgou a foto e engoliu.
A Vida a engoliu, finalmente liberta.
4 comentários:
libertas que sera tamem...
e bota fogo.
Às vezes só engolindo...às vezes, nem engolindo...
Lírico,concreto e enxuto.Como a dor.A dor nos come.Parabéns.
que os acidos estomacais o levem...
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