13 de mai. de 2006

O VENTO - maio de 2006


Henrique de Lima Martins Torres, poeta e analista junguiano, curador ferido, Quíron e Prometeu, marcou minha vida, um dia, com sua poesia e seu afeto. Marcas que ficam pra sempre e que sangram na emoção que senti ao receber o texto abaixo, sem maiores explicações. Meu eterno carinho, meu melhor agradecimento.
Ro
Deixe de lado a carga dos signos
Faça suas as letras impregnadas de mentira
Diga que não vives por um celular
Que nossas células são outras
Entre na barca da ventura
E viva a liberdade de morrer no mar
Um vivo aos pés do vento
Uma casca de fibra de carbono
Carvão de nossas cinzas e diamantes
Fria no frio do mar
Nos calores tropicais cozinha no vapor
Vapor moderno voa na água
Anda mais que o vento
Menos que meu amar
Parto novamente
Me reparto e parto
Ando nas águas milagrento
Que minha própria dor é como o vento:
Não para de me soprar
H.Torres
13/5/06

Um comentário:

Anônimo disse...

Ahhhhhhhhhh! Fui me inflamando junto, ainda bem que tinha esse vento!