31 de mai. de 2006

Não fui eu



Ro Druhens

Quem deu à vida o gosto da morte
Quem deu à morte o cheiro do eterno
Quem deu ao eterno a certeza da dúvida

Quem deu à saudade a ausência do sorriso
Quem deu ao sorriso a chegada da lágrima
Quem deu à lágrima o gosto salgado

Quem deu à noite o medo do sono
Quem deu ao sono a esperança do sonho
Quem deu ao sonho o horror do fato

Quem deu ao fato a cara da dor
Quem deu à dor a sangrenta cicatriz
Quem deu ao sangue a cor da paixão

Quem deu à paixão o gosto da vida
Quem deu à vida o cheiro do eterno
Quem deu ao eterno a certeza da dúvida

6 comentários:

Anônimo disse...

Juro. Não fui eu quem pintou aquela nuvem.
Já me inspirei.Vc é mágica.

Anônimo disse...

Foi o tal, foi o Tao.

Márcio disse...

Porra, chefa, poesia é golpe sujo! Hehehee

b.ponto disse...

... eu sei, eu sei ...
mas guardo segredo.

... lindo!

Anônimo disse...

Quem deu a você o direito de nos matar de orgulho, hein?
Que lindo Chefa, que lindo.

Anônimo disse...

Tudo bem que você é minha chefa. Mas achei lindo assim mesmo.